Miguel Oliveira, da Pramac Yamaha, afirma que a transição do MotoGP em 2027 dos pneus Michelin para Pirelli é “de longe” a maior alteração tecnológica que uma moto pode experimentar.
Segundo Oliveira, a modificação dos pneus terá, assim, um efeito maior do que a instalação simultânea de motores de 850 cc, a eliminação dos dispositivos de altura de rolamento e o encolhimento da asa dianteira.
“Mudar de fornecedor de pneus é de longe a maior alteração técnica que se pode fazer numa moto”, afirmou Oliveira.
Na verdade, é a única coisa capaz de redefinir o equilíbrio atual.
“É a única coisa que pode ‘zerar’ toda a gente, na minha opinião.”
Há divergências sobre quais os fabricantes que beneficiarão mais com a troca de pneus, apesar de a maioria dos participantes do paddock acreditar que isso vai mudar o jogo.
Alguns acham que oferece uma oportunidade fantástica para desafiar a hegemonia da Ducati e ajudar as empresas japonesas a recuperar o atraso.
Outros defendem que a Ducati manterá a liderança durante os testes iniciais da Pirelli, recolhendo dados mais importantes do que qualquer outro fabricante, porque tem seis motos na grelha.
Como potencial benefício adicional, Oliveira citou a vasta experiência da Ducati com pneus Pirelli no Campeonato do Mundo de Superbike.
O piloto português admitiu: “Não tenho a certeza [se isso ajudará as fábricas japonesas a recuperar o atraso]”.
Além disso, devido ao extenso envolvimento da Ducati nas Superbike e, evidentemente, ao amplo conhecimento, pelo menos no que diz respeito à tecnologia ou filosofia subjacente aos pneus, no entanto, não tenho a certeza se isto será um benefício ou não.
“Espero que um plano seja implementado o mais tardar no próximo ano e que iniciemos alguns testes [em 2026] para ver o que temos.”
Depois da Bridgestone (2009-2015) e da Michelin (2016-2026), a Pirelli, que passa a fornecer as classes Moto2 e Moto3, será o terceiro fabricante exclusivo de pneus para o MotoGP.