Miguel Oliveira fala das consequências do acidente de Le Mans e da sua incansável tentativa de recuperação
Após um fim de semana fisicamente extenuante no Grande Prémio de Le Mans, Miguel Oliveira partilhou abertamente a extensão dos danos que o evento causou no seu corpo, bem como o rigoroso processo que enfrentou para recuperar a tempo da próxima ronda da temporada de MotoGP.
O piloto da Prima Pramac Yamaha não minimizou a gravidade da sua condição após a corrida. Ao refletir sobre como se sentiu logo após o sucedido, Oliveira utilizou uma linguagem vívida para descrever o seu estado físico, afirmando: “Senti-me como se tivesse sido atropelado por um camião”. O acidente, ocorrido durante o GP de França, deixou-o com muitas dores e desconforto. Mais especificamente, observou que o impacto afetou gravemente a sua perna esquerda e a sua omoplata, tornando os movimentos diários e a recuperação especialmente desafiantes.
Apesar do esforço físico e do que muitos considerariam um motivo legítimo para descansar, Oliveira escolheu um caminho diferente. Exibindo o tipo de determinação e resistência mental que define os atletas de elite, optou por não tirar folga. Em vez disso, retomou o treino imediatamente, determinado a recuperar a sua forma física e competitividade o mais rapidamente possível.
Sem permitir que o seu corpo tivesse um tempo de inatividade substancial, Oliveira viajou para Misano logo após a etapa de Le Mans. Aí, realizou dois dias intensivos de testes a bordo de uma Yamaha R1. Ao longo destas sessões, completou mais de 100 voltas, ultrapassando os seus limites apesar das dores persistentes causadas pelas lesões. O seu objetivo era claro: restaurar a sua forma física e a preparação para o próximo fim de semana de corrida.
Questionado sobre a sua condição atual após o treino intenso, Oliveira respondeu com um misto de humor e confiança, dizendo: “Estou perfeito agora, sim”, acompanhado de uma gargalhada. Foi um comentário bem-humorado que, no entanto, refletiu a sua satisfação pela forma como o seu corpo respondeu ao esforço e o seu otimismo de estar novamente pronto para a corrida.
A rápida recuperação do piloto português e a sua recusa em deixar que os contratempos o atrapalhem ilustram o seu forte compromisso com o desporto e os seus padrões pessoais de desempenho. Mesmo perante as adversidades, a ética de trabalho e a determinação de Oliveira permitiram-lhe recuperar mais rapidamente do que o esperado. Ao dirigir-se para a próxima corrida, fá-lo com uma força física renovada e o tipo de resiliência mental que pode ser crucial no competitivo campeonato de MotoGP.
Em suma, o percurso de Miguel Oliveira pós-Le Mans destaca tanto a natureza brutal do motociclismo profissional como a extraordinária perseverança necessária para ter sucesso ao mais alto nível.