FC Porto estreia camisola alternativa da Liga Europa com patrocínio da Fundação Kaizen
Quando o FC Porto entrou em campo para o seu mais recente jogo da UEFA Europa League, o clube apresentou um visual diferente que chamou de imediato a atenção dos adeptos e das audiências televisivas. Pela primeira vez, os dragões envergaram uma camisola com o logótipo da Fundação Kaizen, o braço solidário do grupo multinacional Kaizen Gaming.
O novo elemento visual despertou curiosidade entre muitos adeptos, mais habituados a ver o nome Betano — a plataforma de apostas online que normalmente ocupa o espaço principal do patrocínio nos equipamentos portistas. No entanto, devido às regras da UEFA que proíbem a promoção de jogos de apostas nas suas competições, o clube optou por dar destaque à Fundação Kaizen. A decisão não só cumpriu as exigências regulamentares, como também deu visibilidade a uma iniciativa social que vai muito além do mundo do futebol.
Kaizen Gaming: Um dos gigantes tecnológicos da Europa
A Kaizen Gaming, empresa-mãe da Betano, tornou-se rapidamente um dos atores mais relevantes da indústria de entretenimento e gaming na Europa. Reconhecida como uma das maiores empresas de GameTech do continente, a Kaizen construiu uma reputação de inovação, expansão internacional e aposta consistente em parcerias desportivas.
Atualmente, a companhia opera em mais de 15 países, desde a Europa até à América do Sul, onde se afirmou como operador de referência e marca profundamente ligada às culturas desportivas locais. Através da Betano, a Kaizen estabeleceu acordos de patrocínio com vários clubes de renome, sendo o FC Porto uma das joias da sua carteira de parcerias.
Para os dragões, um dos clubes mais titulados da história do futebol português e europeu, a ligação à Kaizen traduz-se não apenas em ambição comercial, mas também na vontade de dialogar com uma audiência global em crescimento.
Para além do negócio: o lançamento da Fundação Kaizen
Apesar da sua forte presença comercial, a Kaizen Gaming tem procurado sublinhar também a sua vertente de responsabilidade social. Nesse sentido, criou a Fundação Kaizen, uma organização sem fins lucrativos vocacionada para apoiar projetos nas áreas da educação, do bem-estar social e da sustentabilidade ambiental.
A ação da Fundação já é visível em vários países onde a empresa atua. Na Grécia e na Roménia, por exemplo, financiou a renovação de alas pediátricas hospitalares, criando espaços modernos e adaptados a crianças em tratamentos prolongados. Na educação, promove programas ligados às áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), especialmente destinados a jovens em situação de vulnerabilidade social, de forma a abrir portas para carreiras com futuro.
Outro eixo relevante é o da sustentabilidade. Em colaboração com escolas, a Fundação tem transformado parques infantis em centros de aprendizagem ambiental, onde os alunos podem ter contacto direto com práticas sustentáveis como reciclagem, hortas e demonstrações de energias renováveis.
Embora de alcance internacional, estes projetos encontram também expressão local junto da comunidade portista.
A iniciativa portista: INZONE no Estádio do Dragão
Um dos projetos mais celebrados com a marca da Fundação é o INZONE, espaço sensorial inaugurado no Estádio do Dragão em parceria com o FC Porto. Trata-se do primeiro projeto do género em Portugal, oferecendo uma sala adaptada a adeptos com dificuldades de processamento sensorial.
Estes espaços têm vindo a ganhar destaque em grandes recintos desportivos pelo mundo, permitindo que pessoas com autismo, sensibilidades sensoriais ou condições semelhantes possam viver a experiência do jogo num ambiente seguro e inclusivo.
Para o FC Porto, conhecido pela forte ligação à sua comunidade, o INZONE representa uma resposta inovadora e socialmente responsável, garantindo que o futebol permanece acessível a todos. A iniciativa foi amplamente elogiada por associações, famílias e adeptos, mostrando como um acordo de patrocínio pode ir além da vertente financeira.
Um patrocínio que ultrapassa a camisola
O vínculo entre o FC Porto e a Kaizen Gaming foi reforçado em 2022, alargando-se a várias modalidades do clube — desde o basquetebol e o andebol até aos escalões de formação.
Mais do que a simples presença do logótipo, a parceria evoluiu para incluir iniciativas de impacto comunitário. Esta abordagem está alinhada com a filosofia portista de manter uma ligação próxima com os seus adeptos e a sociedade em geral.
Ao associar-se à Fundação Kaizen, o clube procura que o seu emblema esteja ligado não apenas a uma marca de notoriedade mundial como a Betano, mas também a uma vertente filantrópica enraizada em valores de inclusão, educação e desenvolvimento social.
Regulamentos da UEFA: porque Betano dá lugar à Kaizen
A presença do logótipo da Fundação Kaizen no equipamento europeu do FC Porto não resulta apenas de uma escolha estética. As regras da UEFA proíbem a exibição de marcas ligadas ao setor do jogo e das apostas desportivas nos seus torneios.
Para muitas empresas, esta restrição representa uma dificuldade. No caso da Kaizen, transformou-se numa oportunidade. Ao substituir a Betano pela Fundação Kaizen, a empresa garante visibilidade e, ao mesmo tempo, promove a sua dimensão solidária.
Assim, quando os jogadores do FC Porto entraram em campo, não estavam a publicitar uma casa de apostas, mas sim uma fundação dedicada a melhorar o acesso à saúde, à educação e a sensibilização ambiental.
A tendência crescente da responsabilidade social nos patrocínios
O caso do FC Porto ilustra uma tendência global: os adeptos esperam cada vez mais que os patrocinadores partilhem valores de responsabilidade, inclusão e compromisso com a comunidade.
Num desporto com o alcance do futebol, em que milhões assistem em todo o mundo, a camisola de um clube é também uma plataforma de mensagens. Ao colocar a Fundação Kaizen em evidência nos jogos da Liga Europa, a Kaizen Gaming demonstra como as empresas procuram equilibrar ambição comercial com impacto social.
A perspetiva portista: tradição e comunidade
Fiel ao lema “Nação Porto”, o clube continua a afirmar-se não só pelos sucessos desportivos, mas também pelo envolvimento comunitário. O INZONE é um exemplo claro desta filosofia: unir inclusão e paixão pelo futebol.
Deste modo, a camisola com o logótipo da Fundação Kaizen é mais do que uma alternativa regulamentar — é um reflexo da identidade cultural do FC Porto e da sua missão social.
Olhando em frente
Durante toda a campanha da Liga Europa, o FC Porto exibirá o emblema da Fundação Kaizen. A exposição mediática permitirá dar a conhecer a milhões de adeptos o trabalho da instituição.
Para a Kaizen Gaming, trata-se de reforçar a sua imagem além do universo das apostas online, equilibrando negócio e filantropia. Para o FC Porto, é mais uma prova de liderança dentro e fora do campo.
Conclusão
A estreia da camisola alternativa do FC Porto com o patrocínio da Fundação Kaizen é uma história que transcende o futebol. Por um lado, é uma resposta prática às restrições da UEFA. Por outro, é a oportunidade de destacar uma fundação que investe em saúde, educação, sustentabilidade e inclusão.
Para os adeptos portistas, é um sinal de que o clube valoriza parcerias com impacto real na sociedade. Para o futebol europeu, é um exemplo da evolução dos modelos de patrocínio — em que as empresas procuram associar lucro e propósito.
Quando os dragões entraram em campo, levavam consigo não apenas o símbolo de um dos maiores clubes portugueses, mas também o de uma fundação que trabalha para fazer a diferença no mundo.