Miguel Oliveira enfrenta difícil regresso ao MotoGP no Grande Prémio de França 2025
O regresso de Miguel Oliveira ao MotoGP no Grande Prémio de França de 2025 não foi nada pacífico. Depois de ter estado afastado durante sete provas devido a uma lesão grave no ombro — incluindo uma luxação esternoclavicular e costelas magoadas — o piloto português estava ansioso por fazer um regresso forte com a sua nova equipa, a Pramac Yamaha. Em vez disso, enfrentou um dos fins de semana mais caóticos da temporada.
As suas dificuldades começaram na qualificação, onde ficou em 20º, e continuaram na corrida de Sprint, onde terminou em último lugar. Apesar destes resultados, Oliveira manteve-se esperançoso para a corrida principal de domingo em Le Mans. “Eu queria tudo menos isto”, disse. “Antes da corrida, só esperava um tempo estável, com chuva ou seco.”
Infelizmente para ele, a corrida ficou marcada por condições climatéricas extremamente variáveis e fortes chuvas que perturbaram o ritmo de todo o pelotão. Oliveira, no entanto, conseguiu brilhar brevemente no meio do caos. Aproveitando uma troca de pneus no momento certo e uma estratégia inteligente, subiu na grelha e chegou mesmo ao quarto lugar, mostrando a sua destreza em condições de chuva e lembrando os fãs das suas capacidades.
“Foi uma grande lição de como se preparar para a chuva”, refletiu Oliveira. Assim que a chuva ficou mais forte, a aderência traseira desapareceu rapidamente. Tive muita dificuldade em manter a moto em pista. Mas estou feliz por termos conseguido tirar algo de útil da experiência.
A sua corrida teve um final infeliz na volta 18, quando bateu na curva 14. Felizmente, a queda foi relativamente lenta, e Oliveira saiu ileso. “Fisicamente, estou bem e não estou mentalmente abalado. Foi uma queda lenta, e saí-me bem”, tranquilizou aos jornalistas.
Apesar de sair de Le Mans sem qualquer ponto e ainda com apenas dois pontos na classificação geral, a prestação de Oliveira trouxe alguns pontos positivos. Demonstrou que as suas capacidades em condições molhadas e a sua compostura sob pressão permanecem intactas. Embora a sua transição para a equipa Pramac Yamaha ainda esteja numa fase inicial, há razões para acreditar que melhores resultados podem estar para vir. A próxima etapa em Silverstone será crucial para determinar se Oliveira conseguirá recuperar a forma e reafirmar-se no campeonato.