Miguel Oliveira e a Yamaha Reúnem Dados Cruciais no Desafiante Grande Prémio da Malásia
Sepang (Malásia), 26 de outubro de 2025
O Grande Prémio da Malásia representou mais uma oportunidade vital para a equipa Yamaha Factory Racing dar continuidade ao seu trabalho de desenvolvimento com o protótipo equipado com motor Yamaha V4, enquanto Miguel Oliveira completou uma exigente corrida de 20 voltas no Circuito Internacional de Sepang. O piloto português utilizou o evento principal de domingo não apenas para testar os limites da máquina em evolução sob condições de corrida completas, mas também para recolher dados valiosos sobre o desempenho em pista seca, terminando a prova na 18.ª posição.
Tendo partido do 23.º lugar na grelha, Oliveira concentrou-se desde o início em executar o principal objetivo estratégico da Yamaha para o fim de semana — maximizar o número de voltas, a consistência e a avaliação de desempenho ao longo de toda a distância de um Grande Prémio. A abordagem da equipa priorizou o aprendizado em ritmo de corrida, mais do que o resultado em si, e as 20 voltas da corrida ofereceram o cenário ideal para aquisição de dados sob o calor intenso e as condições fisicamente exigentes da Malásia.
No arranque, Oliveira conseguiu uma pequena, mas constante, melhoria, ultrapassando Michele Pirro nas voltas iniciais. O seu plano estava claro desde o princípio: manter um ritmo sólido ao longo de toda a corrida, colocando o protótipo à prova em situações realistas de competição, enquanto recolhia telemetria essencial sobre o comportamento do motor, eletrónica e estabilidade geral. Apesar de ter perdido o contacto com o grupo do meio da tabela, o piloto português manteve-se calmo e focado nos objetivos do programa de testes da Yamaha.
À medida que a corrida avançava, o circuito de Sepang voltou a demonstrar a sua natureza implacável. A combinação de alta humidade, asfalto abrasivo e competição cerrada levou a que vários pilotos não terminassem a prova. À quinta volta, Oliveira já tinha subido ao 21.º lugar, mantendo a concentração e evitando erros. Quando outros dois pilotos caíram e o português encontrou um ritmo que lhe permitiu manter um andamento competitivo, subiu para 19.º nas voltas finais.
Na fase derradeira da corrida, Oliveira envolveu-se num breve mas intenso duelo com Michele Pirro da Ducati. Apesar de ter perdido momentaneamente a posição e caído para 20.º, o piloto português recuperou terreno à medida que mais concorrentes cederam ao calor sufocante da Malásia. Ao cruzar a linha de meta em 18.º lugar, a 47,060 segundos do vencedor, Miguel garantiu que a Yamaha completasse mais uma corrida produtiva em termos de recolha de dados — um passo essencial no aperfeiçoamento do novo protótipo V4 antes das próximas rondas.
Embora o resultado final não traduza o esforço da equipa em números, a Yamaha Factory Racing Team considerou o Grande Prémio da Malásia como uma continuação produtiva do projeto de testes de 2025. A prioridade manteve-se na recolha de métricas comparativas de desempenho — em especial na entrega de potência do motor, aceleração sob carga e desgaste dos pneus — ao longo de uma corrida completa.
Com este resultado, Miguel Oliveira mantém-se na 24.ª posição do Campeonato do Mundo de MotoGP, com 8 pontos, enquanto a Yamaha ocupa o quinto lugar no Campeonato de Construtores, com 221 pontos. A equipa centra agora as atenções na fase final da temporada, onde o objetivo será consolidar tudo o que foi aprendido até ao momento e continuar a refinar o conceito V4 da Yamaha.
Os engenheiros da equipa e o próprio Oliveira expressaram satisfação com o progresso constante alcançado na Malásia, sublinhando que cada corrida concluída os aproxima da exploração total do potencial do protótipo. Para o piloto português, terminar a exigente distância do circuito de Sepang representou mais um passo importante na compreensão do comportamento da moto em condições reais de corrida, com o depósito cheio e desgaste de pneus — aspetos vitais para o desenvolvimento contínuo da Yamaha.
O foco volta-se agora para as próximas rondas, nas quais Oliveira e a Yamaha procurarão continuar a recolher dados de alto valor competitivo e aproximar-se cada vez mais de transformar essas aprendizagens em resultados concretos em pista.


