Miguel Oliveira focado na recuperação e progresso em Silverstone após baixa por lesão
Miguel Oliveira está de volta à ação no Grande Prémio da Grã-Bretanha em Silverstone, marcando apenas o seu segundo fim de semana de corrida desde que regressou de uma paragem de dois meses devido a lesão. O piloto português, que representa a equipa Prima Pramac Yamaha, está neste momento a dar prioridade à recuperação da sua condição física e do seu ritmo de corrida após um período difícil de recuperação.
Oliveira reconheceu que o seu estado físico ainda não está onde gostaria e que as exigências físicas das corridas ainda o estão a afetar, principalmente em partes específicas da pista:
Fisicamente, ainda estou com dificuldades. Não é tanto nas mudanças rápidas de direção que estou a sofrer, mas sim nas curvas para a direita. É aí que preciso de estar mais tempo pendurado na moto, e está a ser difícil. Estes troços são fisicamente exigentes, e ainda não recuperei a força total.
Explicou ainda como a natureza da corrida Sprint, recentemente introduzida no formato MotoGP, não oferece oportunidades para conservar energia ou gerir recursos como os pneus. Em vez disso, o formato exige uma abordagem agressiva e completa do início ao fim:
“Não há forma de se salvar fisicamente durante o Sprint. A corrida é curta e intensa, e é preciso dar tudo. Não se pode pensar em conservar energia ou ser estratégico com o desgaste dos pneus – é um esforço a toda a velocidade da primeira à última curva.”
Apesar de um bom arranque na corrida Sprint, Oliveira foi ultrapassado por outros ciclistas, todos igualmente agressivos na abordagem, sublinhando a natureza intensa do formato:
“Na verdade, tive um arranque sólido e consegui subir algumas posições logo no início. Mas depois comecei a ser ultrapassado a torto e a direito, mesmo quando parecia que não havia muito a ganhar. Esta é a realidade do formato Sprint – toda a gente está a atacar o tempo todo, independentemente da situação dos pontos. Ou se está no ataque ou se está a ser ultrapassado.”
Olhando para a corrida principal no domingo, Oliveira expressou a esperança de que o formato mais longo possa oferecer uma dinâmica diferente, que poderia potencialmente funcionar a seu favor. Sugeriu que a gestão dos pneus poderia desempenhar um papel mais significativo, o que poderia ajudar a aproximar o setor:
Espero que a corrida de domingo seja um pouco mais controlada e menos caótica. Numa corrida mais longa, gerir o pneu traseiro torna-se crucial, e isso pode abrandar um pouco o ritmo geral e aproximar os pilotos. Se isso acontecer, poderá dar-nos a oportunidade de sermos mais competitivos. Teremos apenas de ver como isto se desenrola com a estratégia de corrida e as escolhas de pneus.
No geral, embora Oliveira ainda esteja no caminho da recuperação total, continua focado em melhorar a sua forma e adaptar-se às exigências de alta intensidade da temporada de MotoGP. Silverstone representa outro passo importante no seu regresso ao desempenho máximo.