Miguel Oliveira analisa dificuldades no GP de Aragão: Distribuição do peso e problemas no travão dianteiro prejudicam o desempenho
Miguel Oliveira terminou em 15.º no Grande Prémio de Aragão e, posteriormente, fez um balanço franco dos desafios que enfrentou ao longo da prova. Os principais foram as dificuldades com a configuração da sua Pramac Yamaha, particularmente o desequilíbrio na distribuição de peso entre o depósito de combustível cheio e vazio, e os persistentes problemas no travão dianteiro, que impactaram significativamente o seu ritmo inicial de corrida.
Embora alguns especulassem sobre possíveis problemas de vibração, Oliveira esclareceu que esta não era uma grande preocupação. Notou apenas ligeiras vibrações à entrada das curvas 3 e 13, mas realçou que o verdadeiro problema estava noutro lugar — especificamente no travão dianteiro. Informou que o travão dianteiro bloqueava com frequência, especialmente nas primeiras voltas, dificultando o controlo da moto e a manutenção de tempos por volta consistentes.
O desequilíbrio provocado pela variação de peso do depósito de combustível representou outro grande obstáculo. Oliveira explicou que a moto parecia instável e difícil de controlar durante as primeiras dez voltas, quando o depósito estava cheio. No entanto, à medida que a corrida avançava e o nível de combustível diminuía, a condução da moto começou a melhorar. “Quando a moto ficou mais leve, tudo se tornou um pouco mais fácil”, disse. “Conseguimos registar tempos por volta mais rápidos com menos esforço — mesmo com o nível de aderência também mais baixo — o que foi bastante invulgar.”
Esta mudança de desempenho dependendo da carga de combustível destacou um problema mais amplo com a configuração da moto que a equipa precisa agora de resolver. O comportamento inconsistente entre o início e o meio da corrida tornou-se uma prioridade para o desenvolvimento futuro.
Oliveira apontou ainda as dificuldades na qualificação como um fator-chave no seu desempenho no fim de semana. Notou que a sua incapacidade de ter um bom desempenho nos ataques de tempo o fez partir mais atrás na grelha, onde teve de lidar com o tráfego e o caos do dia da corrida. “Precisamos realmente de melhorar a nossa estratégia de ataque de tempo”, disse. “É aí que estamos a perder mais — a ficar para trás e a ter de lutar contra condições difíceis desde o início.”
Os mesmos problemas de condução e equilíbrio de peso estiveram presentes na corrida Sprint, confirmou Oliveira. “É a mesma situação — a carga de combustível afeta o equilíbrio tanto na corrida principal como na Sprint”, afirmou.
Olhando para o futuro, Oliveira enfatizou que a equipa trabalhará nestes problemas imediatamente, com planos já em curso para abordar as áreas críticas que afetam o seu desempenho.