O piloto de MotoGP Miguel Oliveira regressou ao paddock no Qatar na sexta-feira, embora ainda esteja afastado e a usar uma tipoia no braço esquerdo, enquanto continua a recuperar de uma lesão complexa no ombro sofrida durante a corrida Sprint na Argentina, a 15 de março. O piloto da Pramac Yamaha esteve envolvido num incidente com o estreante Fermín Aldeguer, que colidiu com ele durante a corrida, resultando na lesão de Oliveira.
Embora os exames iniciais tenham sugerido uma clavícula fraturada, os testes posteriores revelaram que o dano era mais grave — uma luxação da articulação entre o esterno e a clavícula.
Em entrevista ao MotoGP.com, Oliveira falou sobre as primeiras fases da sua recuperação, explicando que as primeiras três semanas foram particularmente cruciais. Durante este tempo, o seu ombro foi mantido completamente imobilizado para permitir que a clavícula se voltasse a acomodar no lugar, formasse tecido cicatricial e desenvolvesse estabilidade suficiente para iniciar o processo de cicatrização.
Agora, poucas semanas após o início da reabilitação, Oliveira começou a recuperar alguma mobilidade no braço e no ombro. Ele observou que está a ver um progresso gradual, mas consistente, o que está a ajudar a manter a sua motivação elevada enquanto trabalha para regressar à competição.
Apesar da determinação em regressar o mais rapidamente possível, Oliveira deixou claro que não vai apressar o processo. Salientou a importância de estar fisicamente preparado antes de voltar a pedalar. Uma nova ressonância magnética está marcada para a próxima semana, o que ajudará os médicos a avaliar a condição do tendão e a determinar se pode começar a incorporar mais movimento e treino de força leve no seu plano de recuperação. No entanto, qualquer retorno à ação depende da estabilidade total da clavícula para evitar novas lesões devido às exigências físicas da corrida.
Como resultado da lesão, Oliveira vai falhar a sua segunda corrida consecutiva, com o piloto de testes da Yamaha, Augusto Fernandez, a assumir o cargo de seu substituto mais uma vez. O Grande Prémio de Espanha no final do mês está a ser considerado como uma possível data de regresso, embora isso ainda seja incerto.
Tendo sido atropelado e ferido por outros ciclistas em diversas ocasiões nas últimas temporadas, Oliveira reconheceu o impacto emocional que tais incidentes podem causar. No entanto, opta por não se deter em infortúnios passados. Em vez disso, concentra-se em manter-se otimista e em fazer tudo o que estiver ao seu alcance para recuperar eficientemente.
“Apenas tenta esquecer”, disse ele. “Sempre que me lesiono, concentro-me no que posso fazer para recuperar o mais rapidamente possível. Manter-me positivo e otimista é essencial. Se começar a ficar obcecado com a má sorte, isso distrai-o daquilo que pode controlar.”
Quando regressar, Oliveira promete que só o fará quando estiver totalmente em forma e preparado para voltar a competir ao mais alto nível.