Carlo Pernat prevê grandes mudanças nos pilotos de MotoGP, apesar dos contratos existentes
O veterano manager de MotoGP, Carlo Pernat, previu um mercado de pilotos caótico e imprevisível num futuro próximo, sugerindo que a saga de transferências de Jorge Martín é apenas o início de uma reviravolta maior na grelha. De acordo com Pernat, até mesmo os pilotos com contratos vinculativos podem acabar por mudar de equipa, um sinal de quão frágeis e facilmente negociáveis se tornaram os atuais acordos de MotoGP.
Em declarações à MowMag, Pernat manifestou a sua convicção de que os contratos no panorama atual do MotoGP têm menos peso do que antes: “Num MotoGP onde os contratos — muitas vezes assinados de um dia para o outro — perderam o seu valor, nada é mais certo.” Deu a entender que as equipas e os pilotos estão cada vez mais dispostos a renegociar ou quebrar acordos, levando a um mercado de transferências dinâmico e instável.
Pernat apontou vários ciclistas específicos como exemplos de potencial movimentação, apesar de terem contratos válidos para a próxima temporada. Especulou que:
Enea Bastianini, actualmente a conduzir pela Ducati, Miguel Oliveira, que supostamente estaria ligado à Yamaha Pramac, Joan Mir, actualmente na Honda, e Alex Rins, agora a conduzir pela Yamaha,
todos podem estar a competir por equipas diferentes no próximo ano, apesar dos seus compromissos existentes. Salientou que estas possíveis mudanças ilustram o quão ampla e inesperada pode ser a reorganização dos passageiros.
Além dos que têm contrato, Pernat mencionou os pilotos cujos contratos terminam no final da temporada. Isto inclui:
Jack Miller Luca Marini Franco Morbidelli
Embora o término dos contratos sinalize normalmente a possibilidade de transferências, Pernat alertou contra a suposição de que apenas estes pilotos serão transferidos. Por exemplo, observou que a equipa VR46 parece inclinada a prolongar a estadia de Morbidelli, sugerindo que alguns pilotos com contratos a expirar podem permanecer, enquanto outros com contratos podem sair.
Apesar da crescente imprevisibilidade, Pernat identificou dois pilotos que acredita estarem seguros da turbulência nas transferências. Referiu-se a Francesco “Pecco” Bagnaia como parte integrante do legado da Ducati, afirmando que nem o piloto nem a equipa gostariam de se separar. Da mesma forma, disse que Fabio Quartararo continua a ser uma figura central na Yamaha, com ambos os lados empenhados em continuar a sua parceria.
Em síntese, Pernat prevê um mercado de transferências turbulento no MotoGP, marcado por inúmeras mudanças inesperadas — incluindo pilotos que quebram contratos — enquanto apenas alguns parecem garantidos para permanecer.