Miguel Oliveira enfrenta emoção e problemas técnicos para terminar em 14º na sua última corrida em casa no MotoGP
O piloto da Pramac Yamaha MotoGP, Miguel Oliveira, terminou um capítulo emocionante da sua carreira no Grande Prémio de Portugal, terminando em 14º lugar na sua última corrida de MotoGP em casa antes da sua ida para o Mundial de Superbike com a BMW em 2026.
O fim de semana em Portimão ficou sempre marcado por momentos emocionantes para o piloto português, que carregou as esperanças da sua nação desde que ingressou na categoria principal. Uma homenagem comovente antes da corrida de domingo só aumentou o peso emocional da ocasião. No âmbito da cerimónia pré-prova, a filha pequena de Oliveira presenteou-o com uma bandeira portuguesa na reta principal — um gesto simbólico que emocionou visivelmente o pentacampeão de MotoGP.
Em declarações após a corrida, Oliveira admitiu que a cerimónia emocionante dificultou o seu regresso ao foco intenso das corridas. “Significou muito, com certeza”, refletiu. “Foi muito simbólico a minha filha entregar-me a bandeira, e eu questionava-me: como raio conseguiria correr depois daquele momento, colocar o capacete e acelerar ao máximo? Mas, de certa forma, consegui.”
Apesar da forte emoção, Oliveira fez uma corrida determinada, encontrando gradualmente o ritmo e melhorando a sua velocidade à medida que as voltas avançavam. Cruzou a linha de meta em 14º lugar, logo atrás dos dois pilotos da Yamaha de fábrica. “Terminei bem a corrida”, observou. “Consegui um bom ritmo no final e terminei perto das duas Yamaha que estavam à minha frente. Tivemos os problemas técnicos que prevíamos antes da corrida, mas fiz o melhor que pude.”
Estes problemas técnicos giravam em torno de um problema recorrente com a tração traseira, que tem atormentado Oliveira e a equipa Yamaha ao longo da temporada. A falta de aderência traseira tornou a M1 imprevisível e difícil de conduzir, especialmente durante as fases de aceleração. “Não foi uma corrida fácil — era difícil controlar a derrapagem da traseira, e quando havia um pouco mais de aderência, a moto parecia muito instável”, explicou. “As coisas melhoraram no final e consegui forçar o ritmo e fazer algumas voltas rápidas. Honestamente, foi o melhor que consegui fazer.”
Mesmo com os problemas mecânicos, Oliveira manifestou satisfação pelo seu desempenho global, especialmente tendo em conta as dificuldades da equipa no início do fim de semana. “Estou muito feliz com a minha corrida, especialmente tendo em conta onde começámos na sexta-feira”, disse. “Conseguimos manter-nos perto das outras Yamahas no que sabíamos que seria um fim de semana difícil.”
Olhando para o futuro, o astro português espera terminar a sua temporada de MotoGP com chave de ouro na última etapa, em Valência. “Esperamos ter um fim de semana melhor em Valência”, acrescentou. “Seria bom ser um pouco mais competitivo e divertir-me um pouco mais.”
Embora o resultado não tenha sido bombástico, a resiliência, o profissionalismo e a ligação emocional de Oliveira com os seus fãs fizeram do fim de semana uma despedida perfeita para o seu percurso no MotoGP em Portugal — um momento da carreira definido tanto pelo coração como pela potência.


